O líder da oposição em Moçambique, Albino Forquilha lançou nesta quarta-feira, o “Diálogo da Esperança” no âmbito da Auscultação Pública Nacional e na Diáspora, uma iniciativa que convoca partidos políticos e cidadãos a discutir reformas essenciais no Estado, na justiça e no sistema eleitoral, reunindo nove partidos em torno de soluções para os principais desafios do país.
Forquilha descreveu o país como marcado por corrupção, desemprego juvenil, insegurança e serviços públicos insuficientes, afirmando que a união nacional é essencial para enfrentar esses desafios.
"Moçambique não pode continuar a ser palco de mortes por causa das eleições. Estamos todos convidados a salvar o país"declarou.
Entre as prioridades do diálogo, o político destacou a despartidarização das intenções do estado, independência plena da justiça, incluindo um novo modelo eleitoral com resultados rápidos e credíveis.
O líder oposicionista apelou à participação de toda a sociedade civil, incluindo associações profissionais e a diáspora, garantindo que ninguém precisa de autorização formal para aderir. "Este é um convite aberto à nação inteira, ninguém está de fora" enfatizou.
O processo, previsto para dois anos, deverá produzir reformas constitucionais e de governação capazes de devolver confiança aos cidadãos, atrair investimento estrangeiro e gerar emprego para a juventude.
A cerimónia contou com a presença de dirigentes partidários, representantes do Governo e parceiros internacionais, incluindo a União Europeia e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que manifestaram apoio ao diálogo.
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